terça-feira, 28 de dezembro de 2010

William Butler Yeats


"Da briga do homem com outros surge a retórica; da briga do homem consigo mesmo nasce a poesia."



William Butler Yeats nasceu em Dublin, Irlanda, em 13 de Junho de 1865. As famílias de ambos os pais, apesar de estarem na Irlanda a mais de duzentos anos, prezavam sua origem inglesa e protestante, sendo seu avô materno um prospero comerciante. Yeats não se identificou com a poderosa minoria protestante, sua classe social, desagradando-lhe suas excessivas preocupações materiais, mas tampouco adotou o catolicismo, religião da maioria da população irlandesa; ao invés disso buscou aprofundar-se nas raízes culturais, antigos mitos e folclore da Irlanda. Sempre deixou claro que era um poeta irlandês e não inglês, e participou ativamente do movimento pela independência da República da Irlanda, que em 1920 conseguia uma vitória parcial: a aprovação do Estado Livre da Irlanda, do qual Yeats se tornou senador em 1922. Casou-se em 1917 com George Hyde-Lees e teve dois filhos. Em 1923 ganhou o Prêmio Nobel de literatura, sendo o primeiro irlandês a consegui-lo. Acreditava que a autonomia política conquistada por seu país não era suficiente, e que o mais importante era a identidade cultural irlandesa e a independência em relação ao materialismo inglês. Propunha que a riqueza da cultura irlandesa residia em seu antigo ideal de vida, uma vida campestre refletida nas lendas e mitos folclóricos, e que esta cultura única deveria ser reavivada e preservada. Estas raízes folclóricas, que incluem uma importante quantidade de misticismo e ocultismo, estão presentes em toda sua obra, mas torna-se ainda mais forte com o amadurecimento do poeta; e foi após os seus 50 anos de idade que escreveu as poesias consideradas unanimemente como seus melhores trabalhos. Yeats produziu até o fim da vida, e morreu em 28 de janeiro de 1939, aos 74 anos de idade. Para meu gosto pessoal, Yeats é um dos maiores poetas que o mundo já viu, em qualquer idioma e qualquer tempo, e minha admiração ainda aumenta devido à sua rica e pessoal visão do mundo e da saga humana, e à capacidade que teve para defender e exigir de seus contrários o respeito por suas idéias místicas. The Sorrow Of Love faz parte do livro The Rose, publicado em 1893, e mesmo estando entre seus primeiros trabalhos já revela a inigualável qualidade musical da poesia de Yeats. Me parece plausível que o poema tenha sido inspirado em seu amor não correspondido por Maud Gonne, sobre quem escreveu: “A partir daquele momento... (do momento em que a conheceu) ... a inquietação de minha vida começou”. (É uma conjectura, e não encontrei nada sobre isto nos trabalhos de estudiosos do poeta que consultei.)

A obra de Yeats compõe-se de poesia lírica de caráter simbolista e de diversas peças de teatro, inspiradas essencialmente na mitologia celta. Algumas das suas obras mais significativas são "Cathleen ni Houlihan" (1902), "On Baile's Strand" (1904) e "Deirdre" (1907).

Seus mais célebres poemas são "A Coat" (Um Manto), do livro "Responsabilities" (1914); e "Leda e o Cisne", de "Uma Visão" (1925), também recolhido em "The Tower" (1928).


"Leda e o Cisne" mostra as grandes qualidades da poesia de Yeats. Não se refere ao erotismo da cena mas a um painel histórico. Da união de Leda com Zeus transformado em ave, Leda pôs um ou dois ovos, dos quais nasceram duas irmãs, casadas com dois príncipes gregos. Uma delas foi Helena, cujo rapto originou a guerra de Tróia, e a outra foi Clitemnestra, que, com a ajuda do amante, assassinou o marido. Ou seja, duas mulheres que emolduram a guerra narrada na primeira epopéia homérica.


Fontes : http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u531.jhtm e http://www.casadacultura.org/Literatura/Poesia/Biografias_Poetas/grupo097_Lingua_Inglesa/William_Butler_Yeats.html

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